Empresário, você sabe para onde está indo o dinheiro da sua empresa?

Leia neste artigo sobre a questão financeira dos negócios, mais especificamente os lucros.

Eu ouvia muito a pergunta “onde está o dinheiro?” quando era responsável pelas finanças nas empresas onde trabalhei.
Outra pergunta era: “se você diz que o lucro é X, por que no banco só tem Y, que representa menos da metade do lucro?”.
Com o tempo fui me organizando e passei a ter de forma detalhada essas informações, e com isso responder com segurança aos questionadores.
Hoje, como consultor, me fazem essas mesmas perguntas já no primeiro contato. Mais ou menos assim: “Lino, deve ter alguma coisa errada com os números da nossa empresa, pois meu financeiro me apresenta um lucro, mensal ou anual, mas ele nunca bate com o que temos no banco e estamos sempre sem recursos. Se estamos operando com lucro isso não deveria acontecer, você não acha?”.
Pois é. Quem é da área financeira sabe, ou deveria saber, o porquê de a empresa apresentar lucro, mas não ter o dinheiro disponível. Essas mesmas perguntas vindas dos donos são aceitáveis, pois grande parte deles não está familiarizada com a linguagem financeira e contábil.
As razões para essas diferenças não são um mistério. Tudo começa com o processamento da contabilidade; ao final desse processamento, surgem o balancete mensal e o respectivo Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) .
O DRE  é bem simples, ele mostra de forma clara os totais de faturamento no mês e no ano, e os totais das despesas também no mês e no ano.
As despesas são elencadas por tipo, por exemplo despesas com pessoal, despesas administrativas, despesas com tributos, despesas com vendas, impostos sobre o lucro etc.
A linha final do DRE é o resultado do faturamento menos as despesas, portanto o lucro líquido, ou prejuízo em alguns casos.
A apropriação desses valores é sempre feita pelo regime de competência ou fato gerador, portanto, quando se faz a contabilização, não se leva em conta quando tudo isso será recebido – caso do faturamento – ou quando todos os custos serão pagos. Esses valores terão sua movimentação mostrada no balanço, não no DRE.
O balanço, como o próprio nome diz, mostra os saldos das movimentações dos créditos (ativos) e dos débitos (passivos) da empresa. O passivo, também pelo seu saldo, é mostrado em duas partes. O passivo geral, com terceiros, e o patrimônio líquido, que é a dívida com os sócios.
O patrimônio líquido, por sua vez, é dividido em valor do capital, valor das reservas, valor dos lucros a distribuir e valores já distribuídos aos sócios por conta desses lucros.
É no balanço, portanto, onde estão as respostas às perguntas dos donos. Quem é da área olha e já sabe interpretar os números.
A forma que encontrei para deixar os sócios confortáveis, e a mim também, foi criar uma planilha em Excel bem resumida em que fosse possível fazer a prova dos nove para deixá-los seguros de que o lucro apresentado, além de ter fundamento, está de fato correto. É o que sempre sugiro ao financeiro quando sou contratado para uma consultoria.
A vantagem disso é que, enquanto o balanço tem estrutura padronizada, no Excel se pode mostrar a mesma coisa de forma diversa, em layouts mais apropriados para leigos.
É bem simples: é só abrir um arquivo de planilha Excel. Algo assim:

  • Nome do arquivo: Onde está o dinheiro?
  • Lucro total apresentado no DRE: R$ 1.500.000,00
  • Dados do balanço ou balancete:
  • Ativos:

-Valor em bancos e caixa: R$ 600.000,00
-Contas a receber de clientes: R$ 280.000,00
-Impostos a compensar: R$ 20.000,00
-Outras contas a receber: R$ 40.000,00
-Adiantamentos: R$ 30.000,00
-Ativo imobilizado – depreciação: R$ 180.000,00
     -Total dos ativos: R$ 1.150.000,00

  • Passivos:

-Contas a pagar: R$ 200.000,00
-Fornecedores: R$ 300.000,00
-Tributos: R$ 50.000,00
-Empréstimos bancários: R$ 50.000,00
-Outros débitos: R$ 50.000,00
-Total do passivo com terceiros: R$ 650.000,00

  •  Patrimônio líquido

-Capital e reservas: R$ 20.000,00
-Lucros a pagar: R$ 1.500.000,00
-Lucros já pagos: (-) R$ 1.020,000,00
-(Líquido a pagar aos sócios: R$ 500.000,00)
    -Passivo total: R$ 650.000,00 + R$ 500.000,00 = R$ 1.150.000,00.

  • Prova dos 9:

-Total dos ativos: R$ 1.150.000,00
-Passivo com terceiros: (-) R$ 650.000,00
      -Saldo: R$ 1.150.000,00 – R$ 650.000,00 = R$ 500.000,00.
Esse valor de R$ 500.000,00 é exatamente o que os sócios têm a receber da empresa.
Como R$ 20.000,00 é o capital, eles poderiam sacar R$ 480.000,00.
Será sempre assim no mês a mês ou no balanço geral do final do ano. Isso deixa os sócios satisfeitos e o financeiro seguro de que está de posse das informações corretas.
A outra pergunta, do porquê de nunca haver dinheiro, deve ser respondida sempre com o fluxo de caixa atualizado, embora essa planilha já mostre as razões da falta de dinheiro.
A solução para a falta de dinheiro pode vir de atitudes como aumento de capital, redução do prazo de recebimento das vendas e retenção de parte dos lucros, entre outras.
O ideal para uma empresa é ter caixa para suportar pelo menos seis meses de custos.
O que estou propondo aqui tem alguns inconvenientes. A maioria absoluta das empresas, pequenas, médias e até mesmo grandes, não tem contabilidade adequada. Pouquíssimas se utilizam dos balanços para a apuração de resultados.
Sem balanço é impossível essa “prova dos 9”. Nenhum software de gestão consegue apresentar números confiáveis se eles não forem confrontados com os dados contábeis do balanço ou balancete. E, das que usam a contabilidade, nem todas conciliam ou auditam os números do balanço, o que traz insegurança sobre os números apresentados.
Outro inconveniente é a resistência dos sócios em aumentar o capital ou aceitar retenção dos lucros. Já a redução no prazo de recebimento nem sempre é possível, pois é disciplinada pelo mercado.
Fica, portanto, minha sugestão e um pedido: usem a contabilidade e aproveitem-se do balanço. Nele está tudo que vocês precisam.
Balanço é um padrão mundial. Estejam onde estiverem, até na China, alguém lá saberá interpretar seu balanço, mesmo não falando português.
Fonte: Contábeis
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Entenda agora como otimizar sua gestão e como ter mais lucratividade em sua empresa

Como ter uma gestão financeira de qualidade para pequenos negócios

Na teoria, não há quem não concorde que a gestão financeira precisa ser feita. Colocá-la em prática, entretanto, exige muito de quem está à frente do desafio.

Isso porque gerir suas finanças significa gerir seus recursos – e qualquer má interpretação no caminho pode significar que um problema pequeno vire uma bola de neve.

Neste texto, compartilho algumas dicas sobre como ter uma gestão financeira assertiva e eficaz para pequenos negócios, como restaurantes, padarias, mercearias, etc.

Mapear gastos

A primeira regra quando se mexe com dinheiro é saber tudo sobre ele. Entender previsões e, mais do que isso, avaliar se o destino de seus recursos está dando o devido retorno ou se estão sendo desperdiçados de alguma forma.
É indicado que nesse mapeamento conste a divisão da empresa em centros de custo, os custos com depreciações, provisionamentos e grupos de despesas e seus valores.

Planejar a gestão financeira

Entendido todo o fluxograma das suas finanças, é hora de começar a planejar e a estruturar suas ações.
Onde eu quero chegar? Quais são meus objetivos? O que devo fazer para alcançá-los? Analise constantemente o cenário do mercado e da sua empresa.

Acompanhar o fluxo de caixa

Fluxo de caixa é um balanço entre ganhos e custos. É seu melhor amigo na hora de entender a situação de sua empresa, tanto para movimentação diária, quanto para projeções futuras.

É recomendado adotar algum tipo de padronização no cadastramento do fluxo para evitar que informações se percam.

Fazer controles recorrentes

O controle recorrente dos dados é o que torna todas as etapas do planejamento financeiro embasadas.
A partir deles é que são elaborados relatórios e demonstrativos, fornecendo uma visão ampla sobre a saúde financeira do seu negócio.
Para além da verificação desses dados, você também precisa prestar atenção na periodicidade. Você precisa, em um planejamento financeiro, revisitar as informações constantemente, porque trata-se de algo volátil conforme a ação do tempo.
Só com esse olhar de perto é possível entender as mudanças, tanto positivas como negativas, assim como identificar logo no começo alguma tendência.
Confira como a periodicidade que cada informação da gestão financeira deve ser checada:
Controle diário: fluxo de caixa, controle de contas a pagar e a receber, balancete de verificação, entre outros.
Controle semanal: verificação de estoque, caixa e contas;
Controles mensal e anual: balanço patrimonial e demonstração de resultados dos exercícios (DRE).

Automatização de processos

Falamos de mapear gastos, planejar, acompanhar fluxo de caixa e fazer controle recorrentemente.

Tudo isso precisa estar padronizado. Se não houver nenhum tipo de processo de automação para isso, o risco de dados se perderem e a bola de neve só aumentar é iminente.
Além dos cuidados com as informações, a automatização também conta com a vantagem de liberar profissionais que gastavam parte da rotina dedicando-se a um trabalho puramente repetitivo. Isso também traz um grande aumento de eficiência financeira para o negócio.
Fonte: Jornal Contábil

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