Estética visual e afetiva para empreender

A uniformidade das práticas reforça a identidade do negócio

Uma empresa vistosa é o sonho de muitos empreendedores e donos de lojas e prestadores de serviços. Por isso, setores, mesmo aqueles que já prestavam elevados níveis de excelência em atendimento, comunicação e relacionamento com os clientes, passaram nos últimos anos a investir na impressão visual que podem ainda causar em seus potenciais clientes.
Assim, empresas de consultoria e design, especialistas em moda, identidade visual, design de interiores e urbanismo, viram nos últimos anos a demanda por seus serviços aumentarem. Isso porque ciências como economia comportamental, neurolinguística e os próprios estudos de mercado e de comportamento do consumidor avançaram fortemente no delinear de aspectos que levam o consumidor a adquirir ou não um produto. Eis que agora, ainda mais do que no passado, o livro pela capa é a realidade do padrão de consumo.
Mas é importante não parar apenas no aspecto estético-visual. Para muitas empresas que reestilizaram seus logos para um padrão mais clean e minimalista ou refizeram a fachada de seu prédio com um urbanismo floral e aumentaram despesas com jardinagem ou adotaram em seus canais um padrão Nu de atendimento, talvez falte ainda um padrão dentro dos processos de trabalho que precise ser alinhado também a essas novas práticas.
Substituir o bom por um melhor também é um movimento para frente. Somente o desapego justificado e equilibrado predispõe de fato algum caminho para a evolução e para o futuro.
Note que a questão não é a inexistência de padrão, mas a qualidade deste padrão e a escala que ele atinge em uma métrica que relativize sua adequação às novas demandas de clientes, do mercado, ou do setor do seu negócio e das demais práticas organizacionais da sua empresa.
Neste sentido, pense por exemplo, em quando um novo colaborador passa a fazer parte da sua empresa e como é feito o treinamento deste novo colaborador. Principalmente em casos onde um treinamento fora ministrado no passado e ao longo do tempo houve um rodízio de colaboradores, com alguns que saíram da empresa e outros que ingressaram, o treinamento não apenas envelheceu, pois muitas práticas técnicas e principalmente tecnológicas mudaram, como também muito se perdeu ou se descaracterizou.
Por isso, e não à toa, especialistas falam da importância de treinamentos periódicos, onde deverão ser considerados indicadores e mesmo possíveis cíclicas de erros em setores-chave da empresa, para realinhar a organização em vias de um melhor desempenho em suas atividades.
Reconhecimento de demandas são importantes. Os canais são importantes para esse reconhecimento. Todos os canais. Por isso, a visão dos colaboradores sobre o negócio é tão essencial quanto os dados, relatórios e insights de Business Intelligence e das campanhas de marketing. Isso reforça a importância de investir em T&D e de transformar sua equipe em uma equipe de líderes, de pessoas empoderadas, com visão de negócios e de empreendedorismo.
A estética visual hoje nos transmite a sensação de ser o carro-chefe da relação entre oferta e consumo. Porém a continuidade do consumo demanda muito mais de padrões que estão além do visual e que atingem graus mais elevados de notoriedade e satisfação quando alicerçadas em questões às quais os afetos estão muito mais colocados do que os sentidos.
Lembrem-se sempre, comércios e serviços precisam sempre oferecer algo de autorrealização para seu cliente e colaborador. Isso também é estética.
Fonte: Administradores.com
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